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terça-feira, 15 de abril de 2014

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DA PÁSCOA

É importante sabermos que o tão esperado ovo de chocolate, coelhinho da páscoa, tão aguardado por muitos, em nada se associa com o verdadeiro significado da Páscoa. Essa colocação de chocolate e coelho está totalmente equivocada em relação ao que a Páscoa realmente é e o que ela significa.
A Páscoa tem seu início com um propósito de Deus para libertação do seu povo, os Hebreus, quando se encontravam cativos no Egito, por um período que já completava 430 anos. Devido o sofrimento pela escravidão, Deus ouve o clamor do seu povo e prepara um homem chamado Moisés, para usá-lo como instrumento Seu, para realizar essa libertação, demonstrando em tudo, o seu Glorioso poder nas terras do Egito.
Quando Deus envia Moisés a faraó pedindo-lhe que liberasse os Hebreus para que fossem embora, seu coração é endurecido ao ponto de negar o pedido. Após isso, ocorrem vários sinais e prodígios da parte de Deus para essa libertação, conhecido como as 10 pragas do Egito, em suas diversas catástrofe, o coração de faraó estava endurecido para que não fossem libertos. No entanto, é na décima praga que tudo acontece, a libertação e a realização da Páscoa.
A última praga lançada contra os egípcios foi a morte dos primogênitos. O primeiro momento que a palavra Páscoa aparece na Bíblia está em Êxodo 12:11, onde Deus está instruindo o Seu povo para a realização da Páscoa, que por sua vez estaria impedindo que os primogênitos dos Israelitas também morressem, e que seria inclusive o motivo da libertação deles no Egito.
Vemos aqui uma série de acontecimentos marcantes. Como relata o livro de Êxodo no capítulo doze, a Páscoa era realizada com a morte de um cordeiro de um ano; um cordeiro segundo cada família. O animal deveria ser sacrificado e o seu sangue posto nos umbrais da casa que o sacrificou, porque, a praga destruidora viria e tiraria a vida de todos os primogênitos dos homens e até mesmo dos animais, de toda casa que não houvesse o sangue nos umbrais.
A palavra Páscoa vem do hebraico (פֶּ֥סַח) de (פסח) – pessach, que significa: passar por cima, saltar por cima. Do grego (πασχα) – pascha, que é o sacrifício pascal, referindo-se ao cordeiro pascal. A mesma palavra (פֶּ֥סַח) se encontra no texto de Êx.12:23 que diz: “Porque o SENHOR passará para ferir os egípcios; quando vir, porém, o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, passará (פֶּ֥סַח) o SENHOR aquela porta e não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir.” A sua tradução vem realmente da ideia de Deus poupar os seus filhos da destruição dos primogênitos, resultando assim na libertação da escravidão do Egito.
A partir de então os Israelitas deveriam celebrar a Páscoa anualmente para trazerem a memória o que Deus havia feito por eles no Egito, como o Senhor pelo Seu poder os libertou. Contudo, a Páscoa não tem o seu significado tão somente no Antigo Testamento, ela tem a sua realização também no Novo Testamento. No entanto, agora com o propósito de uma libertação espiritual, e não física como na ocasião do Egito, mas sim, da escravidão do pecado.
O que precisamos entender é que agora O Cordeiro Pascal é o próprio Deus encarnado. É o próprio Cristo, Jesus, que foi oferecido para libertação da condenação do pecado. Não foi por um acaso que João Batista disse a respeito de Jesus em Jo.1:29 “No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
Não pense que a morte de Jesus ter ocorrida na ocasião da celebração da Páscoa tenha sido ironia do destino, não, antes, tudo aconteceu conforme o plano perfeito de Deus, para oferecer o Seu Filho em favor de todos, para que, pelo Seu eterno amor, os que o aceitarem, tenham em Sua graça e misericórdia a Salvação na eternidade com Deus (Jo.3:16).
Nos falta palavras para descrever tão grande obra de salvação. Jesus pagou o preço com o Seu próprio sangue ao morrer em nosso lugar na cruz. A Bíblia relata em Cl. 2:13-15 “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.”
Em tudo Deus seja louvado, por que Jesus venceu a morte ao ressuscitar no terceiro dia, dando-nos a garantia de que juntos com Ele viveremos na eternidade. Enquanto a Páscoa no Antigo Testamento é a libertação da escravidão no Egito, no Novo Testamento é a libertação da escravidão do pecado, realizada na pessoa de Jesus, Ele é o Cordeiro Pascal.
A instituição deixada por Jesus a todos os Cristãos, é que celebremos a Páscoa Nele, na ocasião da Ceia do Senhor, como foi celebrada por Ele e seus discípulos na noite em que foi traído, deixando a todos nós a ordenança de trazer tal acontecimento a nossa memória em sua realização. Pois o pão simboliza o Seu Corpo e o cálice o Seu Sangue.
Portanto, não se engane quanto ao verdadeiro significado da Páscoa. Ela em nada associa com o que muitos comemoram; não tem nenhuma ligação com coelhos ou ovos de chocolate. Não se pode perder a verdadeira essência.
Deus abençoe a todos e uma Feliz Páscoa em Cristo na alegria da Sua Ressurreição.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

A VONTADE DE DEUS FAZ TODA DIFERENÇA - Jr.42:1-22

O livro de Jeremias que leva o nome do Profeta mostra a realidade que se encontrava o reino de Judá por ocasião à vida de pecado que estavam levando. O profeta Jeremias foi chamado ao ministério profético que abrangeu um período de 40 anos no reino de Judá (626 a.C. até 586 a. C.). As autoridades não recebiam bem as suas mensagens, pois se tratavam de mensagens de punição pelo afastamento que estavam de Deus. Jeremias foi rejeitado, perseguido e preso. Ele foi usado por Deus para anunciar o castigo que O Senhor ia mandar e ainda estava vivo quando as suas profecias se cumpriram.
Jeremias foi um profeta que enfrentou períodos difíceis em seu ministério. A realidade espiritual do povo não era nada agradável aos olhos de Deus. No entanto, mesmo nesse cenário de degradação espiritual, ele obedece a Deus e menciona a palavra do Senhor aos incrédulos.
Após a cidade de Jerusalém ser invadida por Nabucodonosor, muitos são levados cativos para Babilônia, e uma minoria são deixados para traz, entre eles o profeta Jeremias. A situação não era nada agradável, estava um grande caos devido a tanta desolação. O grupo que ficou em Jerusalém aos cuidados de Gedalias, sofre com a traição de um homem chamado Ismael, levando inúmeros a morte. Logo, Joanã se levanta para prosseguir no cuidado dos sobreviventes.
É nesse momento que sob a liderança de Joanã que eles vão consultar o profeta Jeremias para saber qual é a vontade de Deus para vida deles, dando parecer favorável de que aquilo que o Senhor disser, eles irão acatar.
O capítulo 42 registra essa consulta ao profeta, eles queriam saber se era melhor ficar em Judá, ou se os sobreviventes deveriam partir para o Egito. Depois de dez dias O Senhor revela que todos deveriam ficar ali, mesmo em meio aquele caos, pois ali seriam abençoados. Caso contrário, se partissem para o Egito, a espada de Nabucodonosor que eles tanto temiam, iria alcançá-los lá; a comida que almejavam ter no Egito, não encontrariam, mas teriam fome.
É nesse cenário de tantos acontecimentos que tiramos algumas lições para nossa vida, principalmente em momentos que não sabemos o que fazer, ou qual a melhor decisão a ser tomada.
A consulta ao profeta foi algo positivo, pois a princípio demostraram temor em querer saber a vontade de Deus. No entanto, quando Deus revela a eles que Sua vontade era que permanecessem em Judá, o povo tem uma atitude contrária, dizendo que o profeta estava falando por si, e não a vontade de Deus. Tornaram conhecedores da vontade de Deus, mas desprezaram-na dizendo que não era verdade, que aquela não era a vontade de Deus.
Muitas vezes queremos que nossa vontade prevaleça, e justificamos dizendo que todas as demais possibilidades são falsas, mesmo sabendo que não. A declaração de não estar errado é uma falsa paz que o homem costuma ter. Aprendemos com isso, que não devemos ser tão somente conhecedores da vontade de Deus, mas também praticantes.
Ainda, tiramos como lição, que, não importa o que Deus mandar, pois mesmo que seja aos nossos olhos loucura, sempre será o melhor, pois a vontade do Senhor é perfeita. Aquilo que parecia ser incabível para eles era realmente o que Deus queria. Precisamos entender que com Deus o difícil se torna fácil, mas sem Ele até o mais fácil se torna difícil.
Por mais estranho que pareça aos nossos olhos o que Deus nos pede, podemos descansar que será sem dúvida o melhor. Contudo, infelizmente eles optaram por seguir a vontade deles e não a de Deus.
Deus disse para não descer ao Egito, lugar de suposta paz, porque lá seriam perseguidos, mas que ficassem em Judá em meio ao caos, em meio a destruição, porque ali o Senhor os abençoaria.
O salmista disse: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.” (Sl.23:4) Com Deus tudo é diferente, mas sem Ele, o melhor lugar que se possa imaginar é comparado a um nada.
Não se engane, a vontade de Deus sempre foi e sempre será a melhor decisão a ser tomada. Deus abençoe a todos.