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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

UM VALIOSO CONSELHO AOS PAIS

É impressionante como muitas vezes somos capazes de conduzir a vida de tal forma sem observar determinados erros que acontecem, ainda que involuntariamente. Muitas atitudes estão desconstruindo laços familiares e muitos outros setores de relacionamentos.
Que você Pai, ou você Mãe, separe um pequeno momento do seu precioso tempo para ler o texto que se encontra abaixo. Pode ser que ainda dê tempo de mudar de atitudes se as mesmas se encontrarem desapropriadas, mesmo que sem a sua percepção. Por isso, leia-o com atenção e reflexão.
Tive a oportunidade de ler o texto que segue no Livro de Dale Carnegie, cujo texto é de autoria de W. Livingston Larned, intitulado de O PAI PERDOA.(1)

O PAI PERDOA
W. Livingston Larned
Escute, filho: enquanto falo isso, você está deitado, dormindo, uma mãozinha enfiada debaixo do seu rosto, os cachinhos louros molhados de suor grudados na fronte. Entrei sozinho e sorrateiramente no seu quarto. Há poucos minutos atrás, enquanto eu estava sentado lendo meu jornal na biblioteca, fui assaltado por uma onda sufocante de remorso. E, sentindo-me culpado, vim para ficar ao lado de sua cama.
Andei pensando em algumas coisas, filho: tenho sido intransigente com você. Na hora em que se trocava para ir à escola, ralhei com você por não enxugar direito o rosto com a toalha. Chamei-lhe a atenção por não ter limpado os sapatos. Gritei furioso com você por ter atirado alguns de seus pertences no chão.
Durante o café da manhã, também impliquei com algumas coisas. Você derramou o café fora da xícara. Não mastigou a comida. Pôs o cotovelo sobre a mesa. Passou manteiga demais no pão. E quando começou a brincar e eu estava saindo para pegar o trem, você se virou, abanou a mão e disse: “Tchau, papai!” e, franzindo o cenho, em resposta lhe disse: “Endireite esses ombros!”
De tardezinha, tudo recomeçou. Voltei e quando cheguei perto de casa vi-o ajoelhado, jogando bolinha de gude. Suas meias estavam rasgadas. Humilhei-o diante de seus amiguinhos fazendo-o entrar na minha frente. As meias são caras – Se você as comprasse tomaria mais cuidado com elas! Imagine isso, filho, dito por um pai!
Mais tarde, quando eu lia na biblioteca, lembra-se de como me procurou, timidamente, uma espécie de mágoa impressa nos seus olhos? Quando afastei meu olhar do jornal, irritado com a interrupção, você parou à porta: “O que é que você quer?”, perguntei implacável.
Você não disse nada, mas saiu correndo num ímpeto na minha direção, passou seus braços em torno do meu pescoço e me beijou; seus braços foram se apertando com uma afeição pura que Deus fazia crescer em seu coração e que nenhuma indiferença conseguiria extirpar. A seguir retirou-se, subindo correndo os degraus da escada.
Bom, meu filho, não passou muito tempo e meus dedos se afrouxaram, o jornal escorregou por entre eles, e um medo terrível e nauseante tomou conta de mim. Que estava o hábito fazendo de mim? O hábito de ficar achando erros, de fazer reprimendas? Era dessa maneira que eu o vinha recompensando por ser uma criança. Não que não o amasse; o fato é que eu esperava demais da juventude. Eu o avaliava pelos padrões da minha própria vida.
E havia tanto de bom, de belo e de verdadeiro no seu caráter. Seu coraçãozinho era tão grande quanto o sol que subia por detrás das colinas. E isto eu percebi pelo seu gesto espontâneo de correr e de dar-me um beijo de boa noite. Nada mais me importa nesta noite, filho. Entrei na penumbra do seu quarto e ajoelhei-me ao lado de sua cama, envergonhado!
É uma expiação inútil; sei que, se você estivesse acordado, não compreenderia essas coisas. Mas amanhã eu serei um papai de verdade! Serei seu amigo, sofrerei quando você sofrer, rirei quando você rir. Morderei minha língua quando palavras impacientes quiserem sair pela minha boca. Eu irei dizer e repetir, como se fosse um ritual: “Ele é apenas um menino, um menininho!”
Receio que o tenha visto até aqui como um homem feito. Mas, olhando-o agora, filho, encolhido e amedrontado no seu ninho, certifico-me de que é um bebê. Ainda ontem esteve nos braços de sua mãe, a cabeça deitada no ombro dela. Exigi muito de você, exigi muito.

Assim sendo, cabe a cada Pai e Mãe se atentar ao comportamento que está tendo para com os filhos, para tirar proveito das oportunidades de conceder a eles a demonstração do verdadeiro Amor, que está muito alem das palavras, isto é, nas ações.
“Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria.” (Tg.3:13)
Deus abençoe a todos.



1 – CARNEGIE, Dale. Como fazer amigos e influenciar pessoas. P.50-52 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

É IDEAL VIVERMOS EM UMA SOCIEDADE DE “VELE TUDO”?

Não conheceríamos o que é errado se não soubéssemos o que é certo. A maneira como vivemos hoje é consequência do que aprendemos, e assim também foi com os nossos pais, e com seus pais, e assim sucessivamente. A falta de princípios para muitos têm gerado na sociedade uma enfermidade mortal com consequências terríveis. A Palavra de Deus diz "Porque ninguém pode colocar outro alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo." (1Co.3:11)
O mundo pode por todos os lados e meios tentar mudar determinados valores, contudo, sem ser radical, e muito menos liberal, continuaremos irredutíveis, transmitindo os princípios imutáveis da Palavra de Deus. Não é cabível de aceitação que a sociedade viva em uma realidade de Vale Tudo, aonde venha permear na educação verdades relativas. O que se aprova na sociedade não pode estar embasado nos prazeres e sentimentos do homem, mas na Verdade de Deus, e a mesma não é massa de manobra.
Afinal, em que se baseiam os princípios de uma sociedade? O que dita as regras, norteando para uma tomada de decisão? Se disser nenhum, logo vivemos em uma terra de Vale Tudo. Se disser que é variável, pois depende da época e as diversas mudanças que a sociedade enfrenta constantemente, logo, corre-se o risco de valores inapropriados serem aceitos, contrariando o que entendemos ser de fato necessário.
Talvez, há quem diga que isso é um discurso religioso, um tanto preconceituoso. Não, absolutamente não. Só entendemos ser necessário a preservação de valores permanentes e que são imutáveis, para qualquer época, ou situação. Imaginemos uma terra sem leis, ou, que as mesmas fossem constantemente mudadas segundo o bel prazer de seus moradores. Seria catastrófico. Não podemos chegar ao ponto de agir como diz o texto no Livro de Juízes: "Naqueles dias, não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos." (Jz.21:25)
As leis que por muitos anos seguem, tiveram seu início fundamentadas em algum conceito. Leis morais que são universais, tais como, não matarás, não roubarás, entre outras, são princípios provenientes do Próprio Deus. Acontece que, em relação aos padrões morais revelado na Palavra de Deus, não temos o direito de dizer que parcialmente está certo, e parte errado, ou ainda, o desejo de aceitar uma parte e rejeitar outra. Fazer isso é o mesmo que dizer que Deus não sabe o que é melhor para nós, e que nem tudo o que Ele requer é realmente necessário, isto é, uma rejeição ao próprio Deus.
Precisamos fazes o que diz a Palavra do Senhor escrita na Carta aos Hebreus que diz: "Por isso é preciso que prestemos maior atenção ao que temos ouvido, para que jamais nos desviemos." (Hb.2:1)
Para quem não acredita na Bíblia como revelação da vontade de Deus, a única coisa que lhe resta é conduzir a sua vida como bem desejar, contudo, tendo em mente, que A Verdade não depende da aceitação de alguém para que seja de fato verdade, independentemente de qualquer coisa, a Verdade de Deus permanece para sempre. Está escrito: "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo!" (Is.5:20)
Portanto, se quisermos que a sociedade viva mantendo preceitos e valores corretos, para todos os diversos segmentos, seja para família, juventude, no âmbito relacional, e demais, precisamos analisar as Verdades imutáveis que se encontram na Palavra de Deus, e com esse respaldo manter o bem para toda sociedade. Como diz em Salmos 11:3 "Quando os fundamentos estão sendo destruídos, que pode fazer o justo?" Caso contrário, viveremos em uma sociedade de Vale Tudo.
Que Deus tenha misericórdia de todos nós.