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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

UM VALIOSO CONSELHO AOS PAIS

É impressionante como muitas vezes somos capazes de conduzir a vida de tal forma sem observar determinados erros que acontecem, ainda que involuntariamente. Muitas atitudes estão desconstruindo laços familiares e muitos outros setores de relacionamentos.
Que você Pai, ou você Mãe, separe um pequeno momento do seu precioso tempo para ler o texto que se encontra abaixo. Pode ser que ainda dê tempo de mudar de atitudes se as mesmas se encontrarem desapropriadas, mesmo que sem a sua percepção. Por isso, leia-o com atenção e reflexão.
Tive a oportunidade de ler o texto que segue no Livro de Dale Carnegie, cujo texto é de autoria de W. Livingston Larned, intitulado de O PAI PERDOA.(1)

O PAI PERDOA
W. Livingston Larned
Escute, filho: enquanto falo isso, você está deitado, dormindo, uma mãozinha enfiada debaixo do seu rosto, os cachinhos louros molhados de suor grudados na fronte. Entrei sozinho e sorrateiramente no seu quarto. Há poucos minutos atrás, enquanto eu estava sentado lendo meu jornal na biblioteca, fui assaltado por uma onda sufocante de remorso. E, sentindo-me culpado, vim para ficar ao lado de sua cama.
Andei pensando em algumas coisas, filho: tenho sido intransigente com você. Na hora em que se trocava para ir à escola, ralhei com você por não enxugar direito o rosto com a toalha. Chamei-lhe a atenção por não ter limpado os sapatos. Gritei furioso com você por ter atirado alguns de seus pertences no chão.
Durante o café da manhã, também impliquei com algumas coisas. Você derramou o café fora da xícara. Não mastigou a comida. Pôs o cotovelo sobre a mesa. Passou manteiga demais no pão. E quando começou a brincar e eu estava saindo para pegar o trem, você se virou, abanou a mão e disse: “Tchau, papai!” e, franzindo o cenho, em resposta lhe disse: “Endireite esses ombros!”
De tardezinha, tudo recomeçou. Voltei e quando cheguei perto de casa vi-o ajoelhado, jogando bolinha de gude. Suas meias estavam rasgadas. Humilhei-o diante de seus amiguinhos fazendo-o entrar na minha frente. As meias são caras – Se você as comprasse tomaria mais cuidado com elas! Imagine isso, filho, dito por um pai!
Mais tarde, quando eu lia na biblioteca, lembra-se de como me procurou, timidamente, uma espécie de mágoa impressa nos seus olhos? Quando afastei meu olhar do jornal, irritado com a interrupção, você parou à porta: “O que é que você quer?”, perguntei implacável.
Você não disse nada, mas saiu correndo num ímpeto na minha direção, passou seus braços em torno do meu pescoço e me beijou; seus braços foram se apertando com uma afeição pura que Deus fazia crescer em seu coração e que nenhuma indiferença conseguiria extirpar. A seguir retirou-se, subindo correndo os degraus da escada.
Bom, meu filho, não passou muito tempo e meus dedos se afrouxaram, o jornal escorregou por entre eles, e um medo terrível e nauseante tomou conta de mim. Que estava o hábito fazendo de mim? O hábito de ficar achando erros, de fazer reprimendas? Era dessa maneira que eu o vinha recompensando por ser uma criança. Não que não o amasse; o fato é que eu esperava demais da juventude. Eu o avaliava pelos padrões da minha própria vida.
E havia tanto de bom, de belo e de verdadeiro no seu caráter. Seu coraçãozinho era tão grande quanto o sol que subia por detrás das colinas. E isto eu percebi pelo seu gesto espontâneo de correr e de dar-me um beijo de boa noite. Nada mais me importa nesta noite, filho. Entrei na penumbra do seu quarto e ajoelhei-me ao lado de sua cama, envergonhado!
É uma expiação inútil; sei que, se você estivesse acordado, não compreenderia essas coisas. Mas amanhã eu serei um papai de verdade! Serei seu amigo, sofrerei quando você sofrer, rirei quando você rir. Morderei minha língua quando palavras impacientes quiserem sair pela minha boca. Eu irei dizer e repetir, como se fosse um ritual: “Ele é apenas um menino, um menininho!”
Receio que o tenha visto até aqui como um homem feito. Mas, olhando-o agora, filho, encolhido e amedrontado no seu ninho, certifico-me de que é um bebê. Ainda ontem esteve nos braços de sua mãe, a cabeça deitada no ombro dela. Exigi muito de você, exigi muito.

Assim sendo, cabe a cada Pai e Mãe se atentar ao comportamento que está tendo para com os filhos, para tirar proveito das oportunidades de conceder a eles a demonstração do verdadeiro Amor, que está muito alem das palavras, isto é, nas ações.
“Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria.” (Tg.3:13)
Deus abençoe a todos.



1 – CARNEGIE, Dale. Como fazer amigos e influenciar pessoas. P.50-52 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

É IDEAL VIVERMOS EM UMA SOCIEDADE DE “VELE TUDO”?

Não conheceríamos o que é errado se não soubéssemos o que é certo. A maneira como vivemos hoje é consequência do que aprendemos, e assim também foi com os nossos pais, e com seus pais, e assim sucessivamente. A falta de princípios para muitos têm gerado na sociedade uma enfermidade mortal com consequências terríveis. A Palavra de Deus diz "Porque ninguém pode colocar outro alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo." (1Co.3:11)
O mundo pode por todos os lados e meios tentar mudar determinados valores, contudo, sem ser radical, e muito menos liberal, continuaremos irredutíveis, transmitindo os princípios imutáveis da Palavra de Deus. Não é cabível de aceitação que a sociedade viva em uma realidade de Vale Tudo, aonde venha permear na educação verdades relativas. O que se aprova na sociedade não pode estar embasado nos prazeres e sentimentos do homem, mas na Verdade de Deus, e a mesma não é massa de manobra.
Afinal, em que se baseiam os princípios de uma sociedade? O que dita as regras, norteando para uma tomada de decisão? Se disser nenhum, logo vivemos em uma terra de Vale Tudo. Se disser que é variável, pois depende da época e as diversas mudanças que a sociedade enfrenta constantemente, logo, corre-se o risco de valores inapropriados serem aceitos, contrariando o que entendemos ser de fato necessário.
Talvez, há quem diga que isso é um discurso religioso, um tanto preconceituoso. Não, absolutamente não. Só entendemos ser necessário a preservação de valores permanentes e que são imutáveis, para qualquer época, ou situação. Imaginemos uma terra sem leis, ou, que as mesmas fossem constantemente mudadas segundo o bel prazer de seus moradores. Seria catastrófico. Não podemos chegar ao ponto de agir como diz o texto no Livro de Juízes: "Naqueles dias, não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos." (Jz.21:25)
As leis que por muitos anos seguem, tiveram seu início fundamentadas em algum conceito. Leis morais que são universais, tais como, não matarás, não roubarás, entre outras, são princípios provenientes do Próprio Deus. Acontece que, em relação aos padrões morais revelado na Palavra de Deus, não temos o direito de dizer que parcialmente está certo, e parte errado, ou ainda, o desejo de aceitar uma parte e rejeitar outra. Fazer isso é o mesmo que dizer que Deus não sabe o que é melhor para nós, e que nem tudo o que Ele requer é realmente necessário, isto é, uma rejeição ao próprio Deus.
Precisamos fazes o que diz a Palavra do Senhor escrita na Carta aos Hebreus que diz: "Por isso é preciso que prestemos maior atenção ao que temos ouvido, para que jamais nos desviemos." (Hb.2:1)
Para quem não acredita na Bíblia como revelação da vontade de Deus, a única coisa que lhe resta é conduzir a sua vida como bem desejar, contudo, tendo em mente, que A Verdade não depende da aceitação de alguém para que seja de fato verdade, independentemente de qualquer coisa, a Verdade de Deus permanece para sempre. Está escrito: "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo!" (Is.5:20)
Portanto, se quisermos que a sociedade viva mantendo preceitos e valores corretos, para todos os diversos segmentos, seja para família, juventude, no âmbito relacional, e demais, precisamos analisar as Verdades imutáveis que se encontram na Palavra de Deus, e com esse respaldo manter o bem para toda sociedade. Como diz em Salmos 11:3 "Quando os fundamentos estão sendo destruídos, que pode fazer o justo?" Caso contrário, viveremos em uma sociedade de Vale Tudo.
Que Deus tenha misericórdia de todos nós.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

MAIS IMPORTANTE QUE OS SENTIMENTOS É O QUE SE FAZ NECESSÁRIO

A vida não pode ser levada tão somente pelos sentimentos, mas pelas decisões tomadas em face daquilo que é necessário.
O nosso estado emocional é algo surpreendente que nos leva a situações muitas vezes inimagináveis. Por isso, é muito importante que todos nós tenhamos equilíbrio quanto aos sentimentos na tomada de decisões que se fazem necessárias, para que não sejam descartadas, e muito menos menosprezadas aquilo que é vital para cada um de nós.
Os valores contidos na Palavra de Deus são distintos daqueles que o mundo transmite. Assim sendo, nem tudo aquilo que nos dá prazer é de fato o que Deus realmente quer para nós. É embasado em tal afirmativa equivocada que muitos tem conduzido a vida pensando que estão tendo a aprovação de Deus, quando na verdade estão afundados na prática pecaminosa e cegos ao ponto de não enxergar o caminho certo a seguir.
Temos na Bíblia determinados mandamentos que estão alem daquilo que desejamos ou sentimos por nós mesmos o desejo de praticar. É por isso que nossas atitudes não devem estar na dependência daquilo que sentimos, mas daquilo que precisamos fazer. Quando Jesus nos diz que devemos amar nossos inimigos, não espera que isso tenha como ponto de partida o nosso sentimento, pelo contrário, antes de tudo, a nossa decisão está naquilo que se faz necessário. É por isso que amar é mais que sentimento, é uma decisão.
A quem diga que não tem o desejo de orar, de ler a Bíblia, ou de ir a Igreja. Precisamos entender que é muito mais que sentimentos, é uma questão de necessidade. Ninguém toma um medicamento de gosto ruim, ou faz um tratamento doloroso porque sente o desejo de fazê-lo, antes porque é necessário. Sabemos que o nosso estado pecaminoso nos levará a desejar tudo aquilo que não provem de Deus, e a desprezar as decisões que de fato precisarão ser tomadas. Impulsionados por determinados sentimentos, há quem mate, adultere, se vingue, humilhe e tenha atitudes destruidoras.
No Getsêmani Jesus orou pedindo que se possível passasse Dele aquele cálice (Morte de Cruz e a Ira de Deus), pois seu sentimento pelo que haveria de enfrentar era o desejo de parar, contudo, Ele mesmo disse, que todavia deveria ser feita a vontade de Deus, uma vez que essa vontade era necessária.
Logo, podemos concluir com a seguinte pergunta: Temos conduzido nossa vida tão somente pelo que desejamos ou pelo que se faz necessário? Lembrando que nem sempre o que desejamos é de fato o que Deus quer, e que aquilo que se faz necessário é realmente o que desejamos. Que Deus pela sua imensa graça, faça nascer em nós sentimentos que estejam em comum acordo com a sua vontade.
Que Deus abençoe a todos.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

PENSAMENTOS QUE TRAZEM VITÓRIA

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” (Fp.4:8)
A nossa mente recebe inúmeras informações diariamente. O que precisamos saber é que aquilo que pensamos tem grande influência em nossas vidas. Tudo o que temos em mente influencia o nosso comportamento, a fé, desejos, planos, enfim, o dia a dia de cada indivíduo.
Quando alguém traz em sua mente traumas de uma infância, ou pensamentos atormentadores, tais pensamente afetam prejudicialmente determinadas pessoas. O que é totalmente diferente com alguém quando cresce em um lar cheio de amor e de superações.
O que pensamos determina nossa maneira de encarar a vida. Existem muitos que tem uma enorme dificuldade em enxergar uma solução para o problema que está enfrentando. Sua mente está cativa em uma visão somente de derrota, que não consegue ver além das circunstâncias. Já outros, mesmo que estejam enfrentando os mesmos problemas, conseguem ver que dias melhores virão, porque os pensamentos que ocupam sua mente são diferentes. Francis Schaeffer diz:A batalha espiritual, a perda da vitória, está sempre no mundo dos pensamentos.”
Não é por um acaso que Paulo dá uma instrução aos Filipenses quanto ao que deveriam pensar. Isso nos ensina que devemos ter uma mente organizada e equilibrada para saber reter aquilo que é proveitoso.
Não é difícil encontrarmos pessoas que ficam enaltecendo seus problemas. Ficam enchendo seus pensamentos tão somente com as dificuldades e se esquecem do que Deus é poderoso para fazer. Quanto mais prestigiarmos nossos problemas, menos contemplaremos o poder de Deus, e quanto mais contemplarmos o poder de Deus, seremos menos atingidos pelos nossos problemas.
Existem aqueles que se acomodam e vivem estagnados na vida que estão levando, quando na verdade há muito mais de Deus para todos nós. Precisamos deixar a mesmice e seguir rumo à novidade de vida que Deus quer conceder a nós.
A nossa mente é sem dúvida um campo de batalhas e precisamos diligentemente subjugá-la para que não sejamos escravos dela. O que pensamos têm influência direta naquilo que realmente somos. Por isso, precisamos ocupá-la com o que é saudável. Nesse campo de batalha em nossa mente é travada uma guerra, e a maneira como encaramos os problemas da vida são determinantes para o que virá depois. 
Quem só fica engrandecendo seus problemas dificilmente encontrará a solução para eles. Existem aqueles que vivem em autocomiseração, tendo dó de si mesmo e se fazendo de coitado.
Quem só tem olhos para os problemas, jamais terá tempo para visualizar sua vitória. É preciso mudar os pensamentos para aquilo que lhe proporcionará força para lutar e vencer. Lembrar das promessas de Deus é sem dúvida uma grande ferramenta para isso. Portanto, use sua fé (Hb.11:1). C. H. Spurgeon disse: “
Deus não viverá na sala de visitas de nosso coração se permitirmos a entrada do diabo no porão de nossos pensamentos.”
Analisemos as seguintes palavras que é uma verdade que deve ser refletida:
“Vigie seus pensamentos; eles se tornam palavras.
Vigie suas palavras; elas se tornam ações.
Vigie suas ações; elas se tornam hábitos.
Vigie seus hábitos; eles formam seu caráter.
Vigie seus caráter; ele se torna seu destino.” (Frank Outlaw)
Portanto, vamos seguir a instrução Bíblica que diz: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” (Fp.4:8)
Que Deus abençoe a todos.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

O CRISTÃO E A POLÍTICA

Falar de política pode ser algo desagradável para alguns. Vivemos um período em que a credibilidade política não tem agradado a sociedade no contexto geral. Contudo, seria esse um assunto a ser desprezado e rejeitado, ao ponto de ser ignorado e deixado de lado? Precisamos entender que não, uma vez que a Palavra de Deus traz a nós ensinamentos sobre determinada questão, se torna com certeza um assunto digno de nota.
Embora não encontramos a palavra Política na Bíblia, são bem claros os seus ensinamentos acerca das autoridades constituídas, abordando também o papel de todo Cristão relacionado a este ensinamento.
Cabe ressaltarmos aqui que nenhum cidadão do bem, que seja honesto e conhecedor da verdade deve negociar o seu voto. Tão errado quanto o candidato que compra os votos, são aqueles que consentem e fazem uso de determinada oportunidade para benefício próprio. Afinal, tal atitude é fruto do estado corrompido do homem, o que por sua vez é corrupção.
Não devemos desperdiçar o nosso voto. É preciso fazer uma análise criteriosa em quem pretendemos votar, para depois colocarmos em prática tal decisão. Alguns critérios são fundamentais, tais como: Os princípios que norteiam a vida de determinado candidato, seu histórico de vida, seus projetos de governo, sua postura perante valores que entendemos ser imutáveis para sociedade, etc. Se quisermos de fato protestar, a melhor maneira é usando de maneira adequada o nosso voto.
Não são poucos os textos bíblicos que abordam ensinamentos concernentes a política na Bíblia. Porém, entre tantos textos, gostaríamos de destacar aqui o que Paulo descreve aos Romanos em sua carta no capítulo treze.  
“Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos. Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser pelos que praticam o mal. Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e ela o enaltecerá. Pois é serva de Deus para o seu bem. Mas se você praticar o mal, tenha medo, pois ela não porta a espada sem motivo. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal. Portanto, é necessário que sejamos submissos às autoridades, não apenas por causa da possibilidade de uma punição, mas também por questão de consciência.” (Rm.13:1-5)
Segundo o texto abordado acima, as autoridades constituídas são instituídas por Deus.
Precisamos acreditar e descansar na soberania de Deus que de maneira perfeita e harmoniosa controla a História. Deus não fica a mercê dos homens para ver se vai dar certo os seus planos. Antes, tudo caminha de acordo com O Seu perfeito querer.
Paulo não está fazendo uma defesa dos magistrados injustos, pois tais darão conta diante de Deus se não cumprirem com seu dever. Uma vez que estão ocupando determinada função, tem a responsabilidade de executá-la com temor e dedicação.
Porém, alguém pode perguntar: Como pode algumas autoridades serem constituídas por Deus e fazerem tanta coisa errada? Precisamos entender que, embora Deus tenha permitido que tais cheguem ao poder, Ele não consente com seus erros, mas tudo tem um propósito dentro do Seu Supremo Governo, pois Ele é O Todo Poderoso, O Rei dos reis que tudo Rege com absoluta perfeição.
Lembramos do que Jesus disse a Pilatos que tinha a autoridade terrena de crucificar O Cristo. “E entrou outra vez na audiência e disse a Jesus: De onde és tu? Mas Jesus não lhe deu resposta. Disse- lhe, pois, Pilatos: Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar? Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem.” (Jo.19:9-11)
Os governantes tem o dever de promover o bem e prevenir o mal, caso contrário, darão contas a Deus. E por sua vez, cada cidadão tem como responsabilidade contribuir para o bom andamento de sua cidade e nação. Por isso, compete a todo cristão interceder pelas suas autoridades e pela sua cidade em todos os seus segmentos. A Bíblia diz: “Procurai a paz da cidade para onde vos fiz transportar; e orai por ela ao SENHOR, porque, na sua paz, vós tereis paz.” (Jr 29:7) 
Que Deus nos abençoe e nos dê sabedoria em todas as nossas decisões.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

A MÁ ADMINISTRAÇÃO DA VIDA CONCERNENTE AO TEMPO

O mau uso do tempo tem refletido em todos os seguimentos da vida, seja profissional, familiar, na área da saúde, e sem dúvida na vida espiritual. As pessoas vivem sempre atarefadas correndo contra o tempo em caráter de emergência, o que acarreta em uma vida desequilibrada em suas múltiplas áreas de atividades.
Tendo como propósito analisar esta verdade no âmbito espiritual, pode-se questionar, até que ponto a má administração da vida em relação ao tempo tem afetado a vida cristã?
O que se tem presenciado é um gasto exagerado do tempo com aquilo que não é vital, sendo então desprezado aquilo que de fato é essencial para a vida cristã. A Bíblia traz um bom exemplo quando fala sobre Maria, irmã de Marta e Lázaro, que escolheu estar junto de Jesus para aprender de seus ensinamentos, enquanto sua irmã Marta estava atarefada demais. Acerca de Maria foi dito que ela escolheu a melhor parte. O que Marta estava fazendo não era pecado, mas o fato de não fazer o que é preciso, pode-se acarretar no pecado da omissão, isto é, deixar de fazer o que Deus requer de cada vida. Deus se importa mais em que você é, do que aquilo que você faz.
O tempo que passa não volta mais. O presente constantemente se torna passado. É preciso uma vida bem administrada em relação ao tempo. Faça bom uso do tempo que lhe é dado, descartando o que não é proveitoso e favorecendo o que é edificante.
A falta de disciplina é sem dúvida um fator que contribui grandemente para o desperdício do tempo. Para que isso seja solucionado é necessário uma análise das atividades, pois aquilo que é fundamental deve ser levado em consideração na lista de atividades diárias, ou até mesmo concernente a atividade semanal, mensal e anual.
  Corre-se o risco de desprezar aquilo que é importante em troca do que é passageiro e vão. Se esforce por aquilo que é permanente. Não se pode negligenciar valores que tem resultados não só temporal, mas principalmente eternos, e a vida cristã é um deles.
Quando muitos são questionados sobre o porquê não vão à Igreja, ou não oram e não leem a Bíblia, é muito comum responderem: “Eu não tenho tempo, estou trabalhando muito”, e continuam conduzindo a vida de maneira desagradável aos olhos do Senhor, pois dizer tais coisas é o mesmo que dizer: “Não tenho tempos para Deus. Ou seja, sua lista de prioridades estão irregulares perante Deus e sua Palavra.
John Maxwell aborda em seu livro “O Livro de Ouro da Liderança” um capítulo cujo título é: “Não administre seu tempo, administre sua vida.” A ideia relatada está na verdade de que não se deve administrar o tempo em si, uma vez que o tempo é igual para todos, contendo vinte e quatro horas, levando em consideração que não importa o que faça, o tempo diário continuará sendo de vinte quatro horas, portando, conclui-se que a administração não está no “tempo”, mas na pessoa. “Por isso ele afirma, não administre seu tempo, administre a si mesmo.” Ainda é ressaltada a seguinte verdade: Se você não fizer a sua agenda, outros a farão por você. O poeta Carl Sandburg diz: “O tempo é a moeda mais valiosa de sua vida. Você, e só você, pode determinar como essa moeda será usada. Tome cuidado para não permitir que outras pessoas a usem em seu lugar.”
A vida é passageira, e por isso precisa ser administrada com maestria. O Salmista diz no Salmo 90:12 “Faze com que saibamos como são poucos os dias da nossa vida para que tenhamos um coração sábio.” (NTLH) A sabedoria é mais proveitosa que o conhecimento, pois o conhecimento se torna consequência de quem é sábio, mas nem todo conhecedor é realmente um sábio.
A tecnologia ao contrário de proporcionar agilidade para se ter um dia mais produtivo, trazendo como consequência a sobra de tempo, tem feito exatamente o contrário, tem sufocado as pessoas com uma vida de ocupação exagerada. Muito ativismo e pouco tempo de qualidade.
Isto é muito notório a exemplo do uso exacerbado da internet e aparelhos celulares. A sociedade tem sido bruscamente afetada em seu modo de vida, devido à má administração do tempo, que tem trazido consequências terríveis na saúde física e mental das pessoas, afetando de maneira direta a qualidade da vida espiritual daquele que confessa a Cristo como Senhor de sua vida.
Portanto, organize bem sua vida no tocante ao tempo, sem desprezar o que é prioridade, lembrando sempre que nada nesta vida é mais importante do que Deus. Leia a Bíblia, tenha tempo com Deus. A Palavra de Deus diz: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mt.6:33)
Que Deus derrame Sua Graça sobre todos.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

PERDÃO

Lidar com o perdão para alguns pode ser algo muito difícil. É fato que todos desejam ser perdoados quando praticam algo errado e por sua vez reconhece o seu erro, mas o que dizer da necessidade de perdoar alguém que fez algo contra nós?
Sabemos que quanto maior a ofensa, maior também é a ferida na alma e mais difícil se torna o ato de perdoar alguém. Talvez para alguns, a verdade que quero transmitir através deste texto pode ser nova, e um tanto desagradável de ouvir dependendo da realidade em que se encontra. Embora possa ser um ensinamento novo para alguns, já é bem antigo porque se trata de um ensinamento Bíblico.
A verdade que quero dizer é que todos nós devemos perdoar aqueles que nos ofenderam, independente do que causaram, por mais difícil que isso possa ser, caso contrário, nós não teremos o perdão de nossos pecados, e se assim for, não seremos salvos, por não colocarmos em prática a verdade Bíblica. Esta é uma ordem expressa na Palavra de Deus dita pelo próprio Cristo.
Na própria oração do Pai Nosso, uma oração que muitos costumam fazer, encontramos esta verdade quando diz: “e perdoa- nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;” (Mt.6:12) Ainda nos próximos versos diz: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (Mt.6:14-15)
A Palavra de Deus também diz em Mc.11:25-26 “E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas.”
Sabemos que existem momentos que somos gravemente ofendidos, muitas vezes com palavras ou no próprio físico, de maneira que jamais merecíamos, trazendo consequentemente uma mágoa, rancor e sentimentos desagradáveis em relação a determinada pessoa, contudo, por mais duro que seja, os princípios de Deus não são iguais ao do mundo, onde se planeja vingança, dar o troco, pagar com a mesma moeda; e também não basta fingir que a pessoa não existe, é preciso perdoar.
A palavra perdão vem do grego αφιημι (aphiemi) que tem como significado: “enviar para outro lugar, mandar ir embora ou partir, deixar, expelir, abandonar, negligenciar, deixar de lado uma dívida, perdoar, não guardar mais.” De modo que em muitas passagens da Bíblia traduzidas para o Português usa-se a palavra “deixar”, que é a mesma palavra no Grego para perdoar. O que acontece é que quando uma pessoa diz que perdoou, mas ainda guarda mágoa ou rancor, não houve um perdão verdadeiro e sincero, mas tão somente da boca para fora, pois é preciso abandonar, deixar aquela ofensa ir embora, a tal ponto que não haverá mais ressentimentos.
 Assim como Deus nos perdoa de todo e qualquer tipo de pecado quando há um sincero arrependimento, Deus requer de nós que perdoemos também o próximo, caso contrário não seremos perdoados. Esse ensinamento é muito claro quando observamos a Parábola do credor incompassível ensinada por Jesus, registrada em Mt.18:23-35.
Se quisermos realmente ter o perdão de Deus, que é extremamente importante, precisamos também perdoar. Deus nos perdoou por sermos culpados pela morte de Cristo Seu Filho, quando foi morto na cruz, assim também, espera que façamos o mesmo. Em Ef. 4:32 diz: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou”
Deus jamais iria requerer algo de nós, se não fôssemos capazes de realizar, e por mais que isso pareça impossível, devemos nos colocar na total dependência de Deus, para que através da Sua graça possamos colocar essa verdade em prática, isto é, perdoar o próximo. 
Que a Graça de Deus seja sobre todos.