Quantos já disseram,
eu era feliz e não sabia? É triste saber
que muitos só compreendem o valor de determinadas coisas depois de perdê-las.
Muitos dariam tudo para voltar no tempo e mudar certos acontecimentos, como por
exemplo: Agradecer a Deus pelo filho ou o cônjuge que teve; quem sabe pela
casa, ou o serviço; ou até mesmo o alimento que tinha sobre a mesa. Muitos só
não reconhecem que são felizes, porque nunca conheceram de fato a “tristeza”,
ou seja, só reclamam do que tem, porque nunca passaram por necessidade.
Não é difícil olhar a nossa volta e observar que existem pessoas que, em
muitas ocasiões estão passando por problemas bem piores do que os nossos. Não
digo que o sofrimento alheio deve ser o motivo da nossa felicidade, muito pelo
contrário, deve ser um ponto de reflexão, para não murmurarmos de “barriga
cheia”. Mas infelizmente, muitos só olham o sucesso de alguns, e questionam a
Deus do porque “nada” dá certo para eles.
Contudo, também não digo que não devemos almejar dias ou circunstâncias
melhores, com certeza sim, no entanto, não devemos desprezar o que Deus nos
concede, antes, devemos ter em tudo um coração grato e satisfeito.
Um dos fatores
predominantes para a infelicidade, não é a falta de algo, mas a ingratidão. Já
que, mesmo tendo tantas coisas, não se dá por satisfeito, antes almeja sempre
mais, ignorando tudo o que tem, como se fosse alguém que não tivesse nada.
A ingratidão é
algo terrível, porque se trata de algo contrário a vontade de Deus. O Senhor
diz em sua Palavra: “Em tudo, dai graças,
porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” (1Ts.5:18)
O sentimento de insatisfação
é algo corrosivo, visto que nada está bom, de tudo o que se tem ou recebe, nada
traz contentamento, levando a pessoa a um estado deprimente, sem sabor, sem
vida. Devemos ser como Paulo que diz: “Digo
isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e
qualquer situação.” (Fp.4:11)
É lamentável que a falta de reconhecimento daquilo que se tem, leva
muitas pessoas a murmurarem, “entristecendo” o coração de Deus, uma vez que,
essa murmuração não passa de um descontentamento do que o Senhor permite
enfrentarmos para que os Seus planos se concretizem em nossas vidas. O texto de
Rm.8:28 nos traz um grande conforto diante disso, no texto está escrito: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o
bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu
propósito.”
É claro que não devemos nos conformar com toda essa infelicidade, mas sim
procurar uma solução. A maneira como encaramos a vida, tem resultado
determinante nesse fator. Assim sendo, entendemos ser necessário deixar de lado
a visão pessimista, que só olha os problemas da vida. Ainda que de fato existam
as adversidades, encaremo-nas como degraus a serem superados e que nos levarão
para circunstâncias melhores. Tenhamos otimismo, não em nós mesmos, mas no
Senhor que cuida de nós. Em Mt.6:22-23
“São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo
será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em
trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas
serão!”
Portanto, não seja ingrato, murmurador ao ponto de chegar um dia em que
diga: EU ERA FELIZ E NÃO SABIA. Antes, “Confia
os teus cuidados ao SENHOR, e ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja
abalado.” (Sl.55:22)
Deus abençoe a todos.