A vida não pode ser levada tão somente pelos sentimentos, mas
pelas decisões tomadas em face daquilo que é necessário.
O nosso estado emocional é algo surpreendente que nos leva a
situações muitas vezes inimagináveis. Por isso, é muito importante que todos
nós tenhamos equilíbrio quanto aos sentimentos na tomada de decisões que se
fazem necessárias, para que não sejam descartadas, e muito menos menosprezadas
aquilo que é vital para cada um de nós.
Os valores contidos na Palavra de Deus são distintos daqueles
que o mundo transmite. Assim sendo, nem tudo aquilo que nos dá prazer é de fato
o que Deus realmente quer para nós. É embasado em tal afirmativa equivocada que
muitos tem conduzido a vida pensando que estão tendo a aprovação de Deus,
quando na verdade estão afundados na prática pecaminosa e cegos ao ponto de não
enxergar o caminho certo a seguir.
Temos na Bíblia determinados mandamentos que estão alem daquilo
que desejamos ou sentimos por nós mesmos o desejo de praticar. É por isso que
nossas atitudes não devem estar na dependência daquilo que sentimos, mas
daquilo que precisamos fazer. Quando Jesus nos diz que devemos amar nossos
inimigos, não espera que isso tenha como ponto de partida o nosso sentimento,
pelo contrário, antes de tudo, a nossa decisão está naquilo que se faz
necessário. É por isso que amar é mais que sentimento, é uma decisão.
A quem diga que não tem o desejo de orar, de ler a Bíblia, ou
de ir a Igreja. Precisamos entender que é muito mais que sentimentos, é uma
questão de necessidade. Ninguém toma um medicamento de gosto ruim, ou faz um
tratamento doloroso porque sente o desejo de fazê-lo, antes porque é
necessário. Sabemos que o nosso estado pecaminoso nos levará a desejar tudo
aquilo que não provem de Deus, e a desprezar as decisões que de fato precisarão
ser tomadas. Impulsionados por determinados sentimentos, há quem mate,
adultere, se vingue, humilhe e tenha atitudes destruidoras.
No Getsêmani Jesus orou pedindo que se possível passasse Dele
aquele cálice (Morte de Cruz e a Ira de Deus), pois seu sentimento pelo que haveria
de enfrentar era o desejo de parar, contudo, Ele mesmo disse, que todavia
deveria ser feita a vontade de Deus, uma vez que essa vontade era necessária.
Logo, podemos concluir com a seguinte pergunta: Temos
conduzido nossa vida tão somente pelo que desejamos ou pelo que se faz
necessário? Lembrando que nem sempre o que desejamos é de fato o que Deus quer,
e que aquilo que se faz necessário é realmente o que desejamos. Que Deus pela
sua imensa graça, faça nascer em nós sentimentos que estejam em comum acordo
com a sua vontade.
Que Deus abençoe a todos.